segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Vulcanismo Secundário


O vulcanismo secundário corresponde a manifestações de vulcanismo que não consistem em erupções vulcânicas, concretamente, mas estão relacionadas com a energia térmica emitida por corpos magmáticos quentes que se encontram a pequena profundidade. Este tipo de vulcanismo nunca é tão violento nem destrutivo quanto pode ser o vulcanismo principal.
As manifestações secundárias de vulcanismo, consistem em:
- nascentes termais
- fumarolas, mofetas e sulfataras
- géisers

Erupções e Materiais Vulcânicos


As diferentes composições químicas do magma, bem como, a quantidade de gases aprisionados, fazem com que este se torne mais ou menos viscoso, indo esse grau de viscosidade influenciar o tipo de vulcanismo associado.
O carácter mais ou menos explosivo de um episódio vulcânico está intimamente associado às características do magma. Desta forma, um magma muito viscoso dá origem a um vulcanismo explosivo (cone vulcânico alto), devido à grande quantidade de material gasoso retido e que lhe faz aumentar a pressão. Por outro lado, se o magma for fluido, com pequena quantidade de gases aprisionados, o vulcanismo tem um carácter mais efusivo (edifício vulcânico baixo), com episódios de vulcanismo mais calmos. No entanto, há casos em que o vulcanismo tem carácter misto, pois ocorrem os dois tipos, o explosivo e o efusivo, frequentemente alternados. Além destes, pode ocorrer um outro tipo de actividade vulcânica, a catastrófica. Esta, como o nome indica, é ainda mais intensa que a explosiva.

As características dos episódios vulcânicos, podem resumir-se no seguinte quadro:

Localização dos Vulcões

A distribuição dos vulcões não se dá ao acaso. A maioria encontra-se na dependência dos riftes e das zonas de subducção, ou seja, estão maioritariamente dependentes das zonas orogénicas. Isto é, os vulcões activos localizam-se preferencialmente ao longo das zonas de fronteira de placas.

Figura 1 - Representação das placas tectónicas (linhas a preto), áreas 
de atividade vulcânica (a cor rosa) e importantes vulneráveis ​​ativos (pontos 
vermelhos). In www.minerva.uevora.pt



As ilhas vulcânicas, como é o caso do arquipélago do Havai e Açores, entre outros, consistem em vulcões submarinos associados a hotspots (ou plumas mantélicas).

Temperatura - Hibernação


Hibernação


Constrói um documento, construído de forma colaborativa, na Drive do Google sobre a Hibernação.



Balanço da atividade: os alunos retiraram o maior partido da atividade proposta numa participação colaborativa. Como tinham de ler três textos, repartiram tarefas, retirando o melhor de cada um deles, o que lia mais rápido, o que pesquisava noutros sites, o que depois escrevia mais rápido ou que se movia melhor no Google Drive. Nenhum dos alunos conhecia a Drive do Google no modo de apresentação. As condições da sala não facilitou o trabalho dos alunos e a internet lenta levou a que muitos utilizassem o telemóvel para desenvolver o trabalho. A maioria não conseguiu terminar a apresentação mas comprometeu-se a publicá-la depois.

Testa os teus Conhecimentos


Tinycards


Algumas ferramentas informáticas permitem aos alunos testarem os seus conhecimentos. 

Com o Tinycards, podes através de um divertido aplicativo com cartas memorizar qualquer conteúdo ou testar os teus conhecimentos.
Depois de teres participado na identificação das relações bióticas presentes nos vários exemplos expostos vais agora e sem penalizações testar divertidamente se está tudo devidamente sabido.
O objetivo é que reconheças as principais características e diferenças entre uma relação intra e interespecífica (baralho 1 e 2). Eles identificam a variedade, através de exemplos, dos diferentes tipos de relações intraespecíficos (baralho1) e interespecíficos (baralho 2).

Diverte-te em grupo!


Baralho 1

Tinycards - Baralho 1, Relações intraespecíficas


Baralho 2

Tinycards - Baralho 2, Relações interespecíficas





UM EXEMPLO DE COMPETIÇÃO

A competição é uma das relações bióticas mais importantes na evolução das populações de zooplâncton de água doce. Pequenas alterações dos fatores abióticos podem alterar as relações de competição entre as
espécies. Para testar a influência da salinidade em duas populações de zooplâncton (Daphnia galeata e Simocephalus vetulus), foi realizada a seguinte experiência. As duas populações foram colocadas em contentores de plástico contendo quatro litros de solução. Foram usados três níveis de salinidade, dissolvendo cloreto de sódio na solução inicial. Cada contentor foi inoculado com 10 indivíduos de cada espécie. As experiências decorreram a uma temperatura de 20 °C e um fotoperíodo de 16 h de luz: 8 h de escuridão. Ao fim de 30 dias foi estimada a abundância e a biomassa das duas espécies. Os resultados obtidos estão representados nos gráficos das figuras 1 e 2.


1.     Indica qual o fator abiótico em estudo na experiência descrita.

2.     Na resposta a cada um dos itens de 2.1. a 2.5., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.

2.1. O exemplo descrito é um exemplo de uma relação biótica…
(A) … intraespecífica com benefícios mútuos para os seres envolvidos.
(B) … intraespecífica prejudicial para os seres envolvidos.
(C) … interespecífica com benefícios mútuos para os seres envolvidos.
(D) … interespecífica prejudicial para os seres envolvidos.

2.2. O objetivo da experiência foi…
(A) … estudar as relações alimentares de Daphnia galeata e Simocephalus vetulus.
(B) … estudar a influência da temperatura na competição de duas espécies de zooplâncton.
(C) … avaliar a influência da salinidade no número de indivíduos de duas espécies que vivem no mesmo habitat.
(D) … testar diferentes fatores abióticos nas taxas de crescimento de Daphnia galeata e
Simocephalus vetulus.

2.3. A população de Daphnia galeata estudada é constituída pelos indivíduos…
(A) … capazes de se reproduzir entre si e originar descendência fértil, e o seu número diminui
com o aumento da salinidade.
(B) … que vivem no mesmo local no mesmo período de tempo fértil, e o seu número diminui
com o aumento da salinidade.
(C) … capazes de se reproduzir entre si e originar descendência fértil, e o seu número aumenta
com o aumento da salinidade.
(D) … que vivem no mesmo local no mesmo período de tempo fértil, e o seu número aumenta
com o aumento da salinidade.

2.4. O fotoperíodo usado corresponde…
(A) … ao verão e varia ao longo da experiência.
(B) … ao verão e não varia ao longo da experiência.
(C) … ao inverno e varia ao longo da experiência.
(D) … ao inverno e não varia ao longo da experiência.

2.5. A biomassa de Simocephalus vetulus que cresce em água desprovida de sal é de…


(A) … 1600 μg/L.
(B) … 1000 μg/L.
(C) … 600 μg/L.
(D) … 300 μg/L

3.     Define fotoperíodo.

4. Faz corresponder a cada uma das frases da coluna A a respetiva designação, que consta da coluna B.

Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.



sábado, 20 de janeiro de 2018

Sistema Reprodutor Humano



Fecundação do óvulo por um espermatozoide In http://tele-fe.com



A cauda do espermatozóide

RESUMO: Na área da Biologia da Reprodução á ainda comum a noção de que a cauda do espermatozóide fica do lado de fora do oócito quando ocorre fertilização. Tal não corresponde à verdade: a cauda do espermatozóide entra totalmente no oócito, sendo um centríolo do gâmeta masculino crucial para organizar o centrossoma do zigoto, e dar início às mitoses no embrião. As mitocôndrias paternas presentes na cauda do espermatozóide são, no entanto, degradadas após a fertilização, justificando a herança exclusivamente materna do DNA mitocondrial.

No ensino das Ciências a evolução do conhecimento faz com que a desatualização seja um problema constante. Um professor que se dedique às Ciências em geral, e à Biologia em particular, teve várias vezes ao longo da sua carreira de passar a ensinar o que pensava ser impossível, o equivalente a informar alunos que D. Afonso Henriques afinal não era quem sempre se pensou.
Muitos livros de texto, a todos os níveis do conhecimento continuam a insistir na ideia incorreta segundo a qual a cauda do espermatozóide fica do lado de fora do oócito, e apenas a cabeça entra, como se pode ver na fig. 1. Um erro persistente que se tem perpetuado ao longo de décadas.

Figura 1 – Um erro na literatura científica. Esquema referindo que a cauda do espermatozóide não entra no oócito aquando da fertilização, de modo que o DNA mitocôndrial é herdado apenas por via feminina.
Fora alguma exceções (que são isso mesmo), a cauda do espermatozóide entra no oócito aquando da fertilização em todas as espécies (incluindo humanos, Drosophila, ratos, animais domésticos, ouriços-do-mar, etc., etc.), como no esquema da fig. 2.



Figura 2 – A fertilização em humanos: a entrada do espermatozóide (cauda incluída, ao cimo e à direita) num oócito secundário, com conclusão da meiose feminina, formação e aposição de pronúcleos masculino e feminino utilizando o centrossoma trazido pelo espermatozoide, organização do fuso acromático e realização da primeira mitose.
Resultados de experiências, apoiam a fig. 2 e mostram resultados de experiências, como testemunhado pelas imagens de zigotos e embriões reais das figuras 3, 4,5, 6 e 7.



Figura 3- Pronúcleos masculino e feminino após fertilização. É fácil distinguir o DNA masculino (marcado a azul em baixo) do feminino (marcado a azul em cima) precisamente porque as mitocôndrias do espermatozóide (marcadas a verde, seta) que fazem parte da cauda estão ligadas ao DNA do gâmeta masculino.
A cauda do espermatozóide tem uma importância muito relevante na fertilização. Na parte anterior da cauda há um centríolo, que duplica após entrar no oócito, formando o conjunto de centríolos do zigoto, o centrossoma, que tem como missão nuclear microtúbulos que vão, primeiro, unir os pronúcleos masculino e feminino fig. 4 e, mais tarde, organizar o fuso cromático para separação de cromossomas na mitose do zigoto.


Figura 4- Herdamos os centríolos (centrossomas) dos nossos pais. Após entrar no oócito, um centríolo da cauda do espermatozóide (à esquerda na figura), duplica e transforma-se no centrossoma do zigoto (à direita na figura), que irá polimerizar microtúbulos de modo a unir os pronúcleos feminino e masculino. Mais tarde, e como em qualquer mitose, este centrossoma duplica de modo a formar dois centrossomas que definirão os pólos do fuso acromático na primeira divisão mitótica do embrião.
Herdamos as mitocôndrias exclusivamente por via materna. Esta é uma informação correta que não devemos deixar de transmitir  (Ramalho-santos, 2009) O que acontece é que as mitocôndrias paternas são distintas das do oócito, e destruídas no embrião após fertilização (sobretudo entre os estádios de 2 e 4 células), como mostra a fig. 5 (Sutovsky, 1999, 2000) . O processo utilizado na destruição de mitocôndrias paternas inclui lisossomas e o sistema ubiquina-proteossoma e, caso seja inibido artificialmente o embrião ficará com dois tipos de DNA mitocôndrial (como se pode ver na fig. 5D)



Figura 5- Destruição de Mitocôndrias Paternas no Embrião após Fertilização. As mitocôndrias da cauda do espermatozóide são degradadas nos estádios iniciais do desenvolvimento (setas das imagens a,b,c e d). caso o processo de destruição seja inibido artificialmente o embrião ficará com dois tipos de DNA mitocondrial (imagem d, com as mitocõndrias paternas a verde ainda visíveis num embrião de 8 células)

Na questão da cauda do espermatozóide o desafio é, simplesmente, reconhecer que a Ciência evolui; e que é preciso ter a humildade para poder pedir ajuda quando haja dúvidas, e mudar erros sempre que os encontremos. Mesmo que isso implique corrigir informação que sempre achámos que eram assim. A beleza, o fascínio e o poder da atividade científica resultam disso mesmo.

Bibliografia
Ramalho-Santos j.; Varum S.; Amaral, S.; Mota, P.C.; Sousa A.P.; Amaral, A. (2009). Mitochondrial functionality in reproduction: from gonads and gametes to embryos and embryonic stem cells. Human Reproduction Update. 15:553-572.
Ramalho-Santos j.(2012). Meiose e Gametogénese.In Biologia Celular e Molecular (Carlos Azevedo & Cláudio Sunkel, coordenadores), 5ª ed., LIDEL- Edições Técnicas, Lisboa, pp. 417-435. ISBN 978-972-757-692-0
Schatten G. (1994). The centrossome and its mode of inheritance the reduction of the centrosome during gametogenesis and its restoration during fertilization.
Simerly     (1995)
Sutovsky, P.; Moreno, R.D.; Ramalho-Santos, J.; Dominko T.; Simerly, C.;Shatten G.; (1999). Ubiquitin tag for sperm mitochondria. Nature 402:371-372.

Sutovsky, P.; Moreno, R.D.; Ramalho-Santos, J.; Dominko T.; Simerly, C.;Shatten G.; (2000). Ubiquitin sperm mitochondria, selective proteolysis, and the regulation of mitochondrial inheritance in mammalian embryos. Biology of Reproduction. 63:582-590.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Níveis de Organização Biológica

Interação Seres Vivos Ambiente

                                                             

Que relações estabelecem os seres vivos com os fatores abióticos?



Temperatura e luz estão intimamente associados. O sol é a fonte de luz e  de radiação calorífica e portanto estes dois fatores, na maior parte dos casos, de forma conjunta.



Vulcanismo Secundário

O vulcanismo secundário corresponde a manifestações de vulcanismo que não consistem em erupções vulcânicas, concretamente, mas estão relac...